A Empresa Agrícola Colonial Portuguesa

A instalação


Até a primeira metade do século XVI, a nobreza e o governo português obtinham seus lucros do comércio dos produtos do oriente.  Com a crise do comércio o oriente e a consequente decisão de explorar a colônia americana, Portugal passou a produzir diretamente. Já no Brasil instalou-se um tipo de colonização baseando na lavoura da cana - de -açúcar e no trabalho escravo, que oferecia grandes lucros aos colonos que se dispusessem a explorar essa atividade, para a qual o atual nordeste do Brasil oferecia condições favoráveis.

O açúcar era um produto muito apreciado e raro na Europa e, além disso, os portugueses já tinham certas experiência no cultivo da cana nas ilhas atlânticas de sua pose.
Por isso os interessados em Portugal precisavam associar-se aos holandeses, que garantiam a distribuição do produto na Europa e, inclusive, o financiamento da produção.
Não interessava à metrópole a formação de pequenos proprietários com produção variada e destinada ao consumo interno.




A estrutura da produção no Brasil




Neste período, a produção precisava ser em grande escala e a exploração do trabalho garantia isso. A produção era voltada para o mercado externo e formava um trinômio básico do sistema colonial, chamado de plantation.
 O engenho de açúcar, incluindo as terras, as instalações  as habitações, era a unidade básica de produção no Brasil colonial, praticamente autossuficiente.



Os escravos

A empresa açucareira empregou mão de obra escarva em massa para garantir a produção exigida pelo mercado europeu. Até os índios foram escravizados para suprir a demanda, depois os escravos africanos. Eles eram comprados, transportados para América e vendidos aos colonos.

O tráfico negreiro

Como colônia portuguesa na África, Angola tinha função de fornecer escravos para o Brasil, essa mão de obra pode ser avaliada pelo seguinte dado: até 1680 havia passado pelo porto de Luanda mais de um milhão de escravos.
A viagem nos navios era um verdadeiro inferno para as mulheres e os homens escravizados, mal tinham condições de respirar,muitos morriam, quando chegavam aos principais portos do Brasil, os africanos eram expostos nos mercadora à disposição dos senhores que precisavam da mercadoria (os escravos),que sofriam violência física e agressão à sua cultura.

Os principais grupos étnicos africanos

Os africanos trazidos para o Brasil como escravos pertenciam a muitos povos diferentes, eles o identificavam-se por dois grandes grupos: bantos do Congo, Angola e Moçambique e os sudaneses vindos do Sudão e da costa da Guiné.

A sociedade colonial

A sociedade colonial portuguesa no Brasil sofreu poucas modificações estruturais ao longo dos seus trezentos anos.

Nesse largo período, a forma de produção da riqueza da sociedade como um todo se manteve baseada no trabalho escravo. Em outras palavras, as condições sociais foram determinadas pela forma de trabalho, que praticamente não se modificou até a segunda metade do século XIX.

A vida no engenho


O engenho, em geral, estava localizado na zona litorânea, perto das áreas portuárias. O proprietário, senhor de engenho, era a autoridade máxima. Todos se submetiam a sua autoridade, inclusive indivíduos livres, como os mascates, pois o engenho era o seu grande comprador.


Outras pessoas livres que também integravam a sociedade colonial eram os lavradores que produziam cana-de-açúcar muitas vezes  em terras arrendadas pelos donos de engenhos. Apesar de dependentes dos senhores, esses lavradores chegavam a possuir escravos.

A camada dominante da sociedade colonial repudiava o trabalho manual, atividade quase exclusiva de escravos.


A casa-grande

Nas terras do engenho, o senhor mandava erguer um solar para a sua moradia. Era a chamada casa-grande. Na casa-grande o senhor estabelecia com os outros membros da família e demais moradores uma relação patriarcal.

As pessoas livres que viviam na imediações da casa-grande eram os agregados: sua relação de subordinação ao senhor era uma garantia de sobrevivência.

Os escravos domésticos, que viviam em dependências secundárias da casa-grande eram os mucamas(jovens escravas), os criados, os moleques de recado, etc.


A senzala


Próximo à casa-grande localizava-se a moradia das pessoas escravizadas, a senzala. Na senzala as pessoas dormiam amotodas e sofriam os mais variados maus- tratos. A humilhação e o castigo corporal tinham por objetivo destruir a identidade e a personalidade desses homens e mulheres.

Os castigos físicos, como os açoites, procuravam impor o medo e facilitar o domínio entre as pessoas escravizadas. Isso mantinha a rígida hierarquia, em que aqueles de origem europeia, eram tidos como superiores; abaixo deles estavam as pessoas escravizadas, em especial as de origem africana, consideradas inferiores.

Violência e resistência

Uma das formas de resistência à escravidão mais empregada pelos escravos era a fuga . Está uma forma resultava quase sempre na formação dos quilombos . Nos quilombos e os negros tentavam e quase sempre conseguiam . Havia dificuldades pelo tanto , pois quase nunca coincidia de os negros fugidos serem originários de um mesmo grupo ético , ou forma de revolta era a violência pura e simples contra o furos que era responsável pela disciplina . Os escravos encontravam sempre formas de resistir , manter sua religião, suas festas são algumas dessas resistências.



A capela e a vila


A vida religiosa do Brasil Colônia também se desenvolvia principalmente no interior dos engenhos, em capelas e pequenas igrejas de fé católicas. Essas construções tinham uma função social, pois era nas ocasiões de festas religiosas que os membros da sociedade tinham oportunidade de se encontrar. De modo geral, o clero colonial era subordinado aos interesses dos senhores do engenho.

Com exceção de alguns centros, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, praticamente não havia vida urbana nos dois primeiros séculos da colônia. As vilas eram centros da administração portuguesa e colonial.


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