A Expansão Territorial

A pecuária e o povoamento do sertão 
A criação de gado surgiu para atender ás necessidades do engenho e realizava-se dentro de seus limites. Servia para fornecer alimentos e couro. O crescimento da produção açucareira favorecia o aumento das propriedades e a consequente ocupação das terras disponíveis. Dessa forma o gado foi deslocado para outras áreas a fim de ceder lugar á cultura da cana- de - açúcar.

A primeira fase da expansão territorial para criação de gado teve seu ponto de partida das capitanias da Bahia e de Pernambuco.

O avanço dos vaqueiros não se fez pacificamente, pois encontrou muitas vezes a resistência dos povos indígenas. Essa resistência, oi em parte vencida com o auxílio dos bandeirantes paulistas. Muitos desses bandeirantes acabaram fixando-se no Nordeste. O gado e o vaqueiro foram para terras cada vez mais distantes, onde surgiram feiras de gado para a sua comercialização.

Somente com a descoberta do ouro. no final do século XVII, que a pecuária se desvinculou da dependência exclusiva da economia açucareira. A partir dessa época, os vaqueiros avançaram para os sertões, criando, ao lado dos currais de gado, pequenos povoados e aldeias, ocupando o interior dos atuais estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas, etc.

Em direção ao Norte
Quando Filipe II da Espanha se tornou rei de Portugal, por meio da União das Coroas Ibéricas, a situação política na Europa era bastante instável. Filipe II intervinha nas lutas religiosas da França, esperando enfraquecer a monarquia vizinha.
Na América, principalmente no Brasil, os franceses continuavam suas tentativas de colonização.
Os colonos luso-brasileiros foram os responsáveis pela luta contra os franceses e sua expulsão. Seus interesses, eram conservar a posse das terras e da mão de obra indígena, necessárias à produção do açúcar. Os franceses, por seu lado, nessa batalha, procuravam fazer alianças com os povos indígenas inimigos dos portugueses.

A conquista do Nordeste e da Amazônia
A região do atual estado do Sergipe tinha uma importância estratégica, pois permitia a ligação por terra entre as capitanias da Baía de Todos-os-Santos e de Pernambuco. Até 1590, os índios do lugar foram dominados, e região efetivamente conquistada. Os colonos luso-brasileiros prosseguiram seu avanço.
A ocupação do litoral do atual Nordeste, tornou-se bastante difícil no Maranhão, onde os franceses pretendiam instalar uma colônia. Em 1612, o francês La Ravardière fundou São Luís.
Era no tempo da União das Coroas Ibéricas, e portugueses e espanhóis trataram de expulsar os ocupantes da região. Com o auxílio dos Tupinambá, os franceses resistiram durante três anos as forças dos colonos portugueses. Em 1615 com a ajuda de uma poderosa força espanhola, os colonos desalojaram e expulsaram os franceses do Maranhão.
A tendência era prosseguir as conquistas adentrando a Amazônia. A colonização dessa região se concretizou por volta de 1630, a medida que a exploração de plantas medicinais e aromáticas, conhecidas como drogas do sertão, tornou-se economicamente rentável. Além das drogas do sertão, a região oferecia grandes possibilidades para a captura e escravização de índios.


 A expansão bandeirante
A partir de São Vicente, os colonos subiram a serra, fundando Santo André da Borda do Campo. Em 1554, deu - se a fundação do Colégio de São Paulo e daí partiram para explorar o interior do continente e obter riquezas. Entre as principais atividades, estavam a captura de índios e a busca de pedras e metais preciosos. São Paulo, em 1560, foi elevada á condição de vila, adquirindo alguns direitos junto á metrópole.

No planalto paulista, prevalecia o cultivo de gêneros alimentícios, como milho, trigo e mandioca. Essa produção destinava- se ao consumo próprio e também ao comércio com outras áreas da colônia. Para garantir a mão de obra necessária á atividade econômica, os paulistas aprisionaram e escravizaram indígenas.

A vida em São Paulo era bastante pobre. Afastados da metrópole, lá existia certa liberdade, pois ela própria tinha poucos interesses nessa região. Muitas vezes entravam em choque com a Coroa, quando as autoridades tentavam impedir os índios.

Formou-se em São Pulo uma população com fortes traços indígenas. O número de mamelucos era enorme. O constante contato com os índios e o afastamento da metrópole levaram ao uso da língua que misturava o tupi e o português, a língua geral.

A esperança dos paulistas em superar a pobreza dessa sociedade era encontrar metais e pedras preciosas.

As bandeiras de apresamento


São Vicente ficou conhecida como "porto dos escravos". Os Colonos paulistas tiravam proveito das divergências entre as aldeias indígenas e aprisionavam grande quantidade de índios, que eram vendidos para fazendeiros ou usados pelos próprios bandeirantes que eram proprietários de terras.


Foram, sem dúvida, destemidos conquistadores, mas a motivação não tinha nada de heroica: aprisionar homens e mulheres para escraviza-los e obter terras e metais preciosos.


No século XVII, expansão bandeirante mudou suas características iniciais. Na primeira metade desse século, os holandeses praticamente monopolizaram o comércio de escravos africanos no Atlântico. Portugueses e espanhóis não conseguiram romper esse monopólio. Consequentemente, o preço do trabalhador escravo tornou-se praticamente inacessível para os colonos de poucos recursos.


Os paulistas viram nesse momento uma oportunidade de enriquecer, pois os escravos indígenas atingiram alto preço no mercado interno. Em 1599,  já havia uma tendência para a formação de bandeiras, grupos com organização e disciplina militar, cujo líder tinha poder absoluto sobre os demais componentes, que podiam chegar a centenas. A partir daí, São Paulo militarizou- se para poder fazer bons negócios com a escravização de índios.


Bandeirantes contra jesuítas
A expansão Bandeirantes para o Oeste eliminava o limite do Tratado de Tordesilhas assim os bandeirantes foram longe  com o  apresamento de índios, no entanto concentravam-se grande número de indígenas mais do que dificultar a ação dos Bandeirantes tornaram-se alvos de ataques. Os  Jesuítas e os índios Sobreviventes retiraram-se para a região de Tape  se organizaram para se prevenir de novos ataques.

A expansão territorial do Sul
Os paulistas avançaram mais para o sul, fundaram São Francisco e Desterro atual Florianópolis e outras Vilas. O  governo tinha interesse de expandir seus domínios até o Rio da prata importante via de comunicação.


A Colônia do Sacramento
Em 1680, foi fundada pelo luso-brasileiros a Colônia do Sacramento, na margem do Rio da Prata, muito além do meridiano de Tordesilhas.
No início os espanhóis admitiram a presença portuguesa, mas logo iniciou-se disputas armadas e diplomáticas pela Colônia do Sacramento.
Enquanto isso, as disputas pela posse de terras coloniais levaram espanhóis e portugueses a assinarem o Tratado de Utrecht em 1715, reconhecendo a posse portuguesa sobre a Colônia do Sacramento. Para impedir o avanço português, em 1726, a Espanha fundou em 1726, a vila de Montevidéu.
A partir de 1735 ocorreram novas lutas de posse da região, seguindo-se de novos acordos que logo eram rompidos. Os luso-brasileiros tinham avançado muito além dos limites de Tordesilhas.
Pelo Tratado de Madri, assinado em 1750, os espanhóis ficavam com a Colônia do Sacramento e os portugueses, com Sete Povos das Missões. Como as disputas continuaram, assinou-se em 1777 novo Tratado, o Santo Ildefonso. Os espanhóis ficavam com a Colônia do Sacramento e com os Sete Povos das Missões.
A luta prosseguiu até 1801, quando foi assinado o Tratado de Badajós, ficando a Colônia do Sacramento da Espanha e o Sete Povos das Missões de Portugal.



A expansão para o Centro-Oeste e para a Amazônia


A expansão em direção ao centro do Brasil (atuais Mato Grosso e Goiás) esteve ligada à mineração, em busca de pedras e metais preciosos. Com isso foram surgindo os primeiros povoados da região Centro-Oeste. Prosseguindo seu avanço para o oeste, as bandeiras chegaram à região do Rio Madeira, já na Amazônia.
Em 1722, com a descoberta do ouro em Goiás, a região foi transformada em capitania independente.


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